Encontro de indústrias de shoppings e varejo analisa o futuro
Mudanças são necessárias. Com a sociedade passando por diversas transformações em diferentes âmbitos, como cultural, tecnológico e financeiro, o mercado vai precisando se adequar aos novos consumidores, às novas ideias e produtos. Empresários e pesquisadores estão sempre atentos com as constantes transformações para assim se anteciparem e evitarem prejuízos.
Ocorreu em maio, em Las Vegas, EUA, a RECon 2015, o mais importante encontro da indústria de shopping centers. Na pauta, entrou o promissor projeto ‘Envision 2020’, um panorama que visa prever as mudanças no mercado de varejo e shopping centers no mundo, nos próximos anos. Com a participação de um grupo de conselheiros do International Council of Shopping Centers (ICSC), a reunião serviu para preparar o setor que se prepara para enfrentar desafios.
Uma das ideias levantadas foi apresentar 8 grandes movimentos para o futuro próximo. Esses movimentos serão pesquisados, analisados e, assim, mensurados para se chegar aos seus impactos.
Os 8 grandes movimentos
- Convergência do varejo físico e online
O varejo físico e online são aliados para conquistar cada vez mais o consumidor. Para os varejistas e shoppings que ainda não ampliaram sua presença digital, oferecendo serviços e experiências diferenciadas, a hora é agora. Redes sociais serão ainda mais importantes.
- Ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens
Não adianta mais apenas expor o produto e anexar seu preço. O que o público jovem quer é interagir com a loja, fazer parte da experiência de compra. As ações de marketing vão precisar se modernizar cada vez mais.
- Intimidade com os consumidores
As tecnologias chegaram para aproximar ainda mais os lojistas e marcas de seus consumidores. Então é necessário customizar ações para atingir diretamente eles. A personalização das lojas, a comunicação e programas de lealdade vão precisar incrementar novas ideias e intensificar suas ações.
- Aceleração da colaboração entre varejistas e shoppings
Assim como a união para discutir estratégias e estudos, o varejo e os shoppings vão precisar colaborar entre si, trocando recursos e tecnologias para maximizar o engajamento de consumidores. Vale até trocar informações sobre consumidores e compartilhar fornecedores para cortar custos.
- Empreendimentos com formatos flexíveis, como pontos de distribuição
Os shoppings vão evoluir do tradicional modelo de negócios de locação de lojas de varejo para uma nova combinação de canais de distribuição de produtos e serviços aos consumidores. Haverá uma mudança nos espaços, tornando-se mais flexíveis e com ambientes próprios para vendas online, além de um espaço próprio para se retirar produtos no local.
- Conversão dos shoppings centers em comunidades
A ideia de shopping como templo de consumo vai ficando para trás. Ele está pronto para se transformar em uma comunidade dedicada aos seus frequentadores, unindo o varejo e entretenimento. As mudanças serão perceptíveis desde a arquitetura, a menor concentração de lojas de vestuário, e mais supermercados, escolas, médicos e restaurantes.
- Surgimento de um novo modelo misto de aluguel
O sistema atual, baseado em vendas das lojas, está se transformando em um modelo mais flexível, levando em conta as transações nas lojas físicas e as feitas online. Dessa forma, os contratos vão sofrer a influência da ideia de que as lojas de tijolo são também importantes nas vendas virtuais e o contrário, a importância das vendas online para a retirada no meio físico.
- Um cenário mais favorável ao investimento
Novas fontes de financiamento surgirão, motivados pelos diferentes formatos de shoppings e pelo crescimento de informações disponíveis para criar os investimentos.
Com informações: Blog do Marinho, ICSC.